terça-feira, 23 de novembro de 2010

Devorando - Poema retirado da obra Poesia sem, com poesia (Leda Silvera)

Devorando

Me alimento de imagens

Todas as imagens do mundo

A História rodando como um filme

Devorando meus olhos

Não me importa a sereia na geladeira

Tão pouco o surfista na parede

Ficando para mim as imagens

Devorando a mente

O mundo do som congelado

A vista embaçada

De Dali a Nostradamus

Mundo medieval, egípcio

Figuras na parede

Devorando o tempo

A parede muda e tudo vê

No Bar do Kiko

Às escondidas, tudo vê

Devorando a noite

04/06/2005

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

poesias da Leda

Serpente
Azul


Em meus cabelos ondulados
penteio os pensamentos
serpentados
ao vento da tarde âmbar

Em tempos dos fins de maio
noite já caiu
e a lua azul se desponta

trazendo misterios remotos de amor
meus olhos inquietos te busca
já quase amanhece
e fica apenas
os

segredos
guardados
na garganta
da
serpente

Leda Silveira
31/05/2007
Dia de Blue Moon
acesse www.gargantadaserpente.com.br